não sei se meu corpo me comporta
com tudo que se sucede
não sei se ele me conforta
ou me padece
se ignoro comandar a carcaça
e boto a culpa nela pelo que me masca
como se fosse um barco
sem dono, sem rumo, abandonado
e não fosse eu a responsável
por aquilo que me queima e rasga
por conduzir meus passos tortos – ou certos
ao que me interessa: fartura, restos
à promessa de um suposto conforto – que o amanhã trará
à minha fome de sei-lá-o-quê
de tudo, de nada…
(esperança, será?)
à essa pressa que dança sem hora marcada
que paira nos dias vãos
não entende nãos
totalmente desordenada.